Exposição do Poesia nas Estrelas transporta a melancolia dos domingos e folia dos fevereiros na RMR para Caruaru

A partir das 17h deste sábado (8), a capital do Agreste pernambucano vai ter o céu iluminado pelas estrelas da primeira exposição individual de Matheus Miguel.

Matheus Miguel segurando pintura acrílica sobre tela "Carnaval da Minha Janela" ou "A Força do Ainda". Imagem: Reprodução/Amanda Luz

O multiartista e criador do Poesia nas Estrelas (@poesianasestrelas) convida o público para se conectar fisicamente, a partir deste sábado (8), com as produções autorais organizadas na primeira exposição individual da carreira de Matheus Miguel, intitulada “Poesia nas Estrelas: a arte entre um domingo e um fevereiro”, aberta para visitação até 9 de março. 

Matheus também convoca o público para intensificar o encontro em uma oficina, ministrada por ele, no segundo dia da exposição, 9 de fevereiro, a partir das 15h, com a temática: “Por que você parou de desenhar?” e para investigar o porquê do hábito de desenhar ficar preso, apenas, à infância.

Em Caruaru, com curadoria de Ayanne Sobral e Stênio Marcos, a Clandestina (@umacasaclandestina), localizada na Rua Belmiro Pereira, nº 419, no bairro Maurício de Nassau, é quem abre as portas para acolher o resultado dos últimos cinco anos de Matheus dedicados a traduzir o urbano da Grande Recife, as memórias e os afetos em poemas e elementos visuais. 

“Eu queria me sentir seguro para fazer uma coisa que já tivesse consistência”, compartilhou Matheus em conversa com a Manguetown Revista.

Ao revisitar o passado, Matheus decidiu que era a hora de fortalecer o espaço de partilha e identificação que construiu virtualmente com o público. Neste passeio físico pelas produções artísticas e poéticas que imprimiu no tempo, pretende reacender emoções e ver de perto as novas sensações que apenas o corpo a corpo é capaz de despertar.

O encontro da Capital com o Agreste

“Caruaru é marcado por toda uma tradição. [A cidade] é uma lembrança de Onildo Almeida com Luiz Gonzaga; da Feira; da Banda de Pífanos; de Gilberto Gil e o álbum de 1972, pós-exílio; e de toda a cena nova cultural da cidade. Tudo isso me move muito”, relembrou.

Dentre os encontros que pretendem marcar a exposição, o da Capital com o Agreste é um dos mais simbólicos. Por meio da ponte que promete unir dois polos culturais, Matheus será capaz de transportar, para Caruaru, a folia que desce as ladeiras de Olinda e deságua no Capibaribe de cada coração, enquanto se abastece com o gás da tradição da terra do maior São João. 

Pensar nos domingos, mas viver os fevereiros

Recorte de aquarela e nanquim sobre papel intitulada "Bodega Vende-se Brasil", de Matheus Miguel (2024).

Em “Poesia nas Estrelas: a arte entre um domingo e um fevereiro”, Matheus reúne poesias autorais, trechos de grandes composições brasileiras, bem como as cores, os bares, os bregas, as saudades e os muitos amores de Pernambuco como um lembrete de que a arte é via de mão dupla e os cinco sentidos do público são combustível para a alma do artista.

Esta missão de fazer o público relembrar ou (re)conhecer o que está entre a melancolia de um domingo e as folias de muitos fevereiros passados na Capital levou o multiartista à esta primeira exposição individual aberta ao público, que começa em 8 de fevereiro e poderá ser visitada até 9 de março, na Casa Clandestina, em Caruaru.

Ilumine-se com as faíscas das estrelas desenhadas e declamadas por Matheus Miguel e receba mais atualizações sobre a exposição acompanhando o multiartista nas redes sociais: @poesianasestrelas